Coleção Ceifa - Conceito


Envolvida pelas significações da manutenção da vida, Leila Da Cruz resolve dar o nome de Ceifa a sua coleção que trata da colheita, inerente à existência humana, que indistingue culturas, prática presente entre todos os povos em todos os tempos.
Ceifa trata da colheita como evento universal, que transcende o tempo, no tocante ao hábito e prática, porém condicionada e regida pela temporalidade no que concerne aos ciclos. Colheita como culminância da semente, do plantio, da espera. Ela vem como apropriação do alimento, do ornamento, do remédio, do insumo. Provisão. E provisão em se tratando de ser humano é mediação de continuidade, subsistência, sobrevivência e deleite.
Condicionada às safras, prevê espera, preparo, dependência de clima e tempo. O dia de ceifa resulta vivaz, festivo, instante ápice.
As demarcações dos campos, tentativa de impor geometria ao orgânico, transmitem caminhos, sugerem texturas, pronunciam volumes. E esses rabiscos do homem na terra delineiam traçados conformados aos tecidos, implicando em silhuetas soltas, levemente descomprometidas do corpo pulsantes e repletas, leiras maduras clamando por sega.
Ceifa diz de movimentos de vida, celebração do primordial, contemplação da essência, noção de dependência de tudo aquilo que brota. É a terra que depende do céu. É o escapismo do urbano trazido à cidade para comemorar. Exalta e conota a prática sempre existente, garantia de permanência da vida através de vida.

Peça símbolo Mega-Shoulder de lenços. Refere levar consigo o coletado na sega.
Texturas Superfícies recobertas de dobraduras de lenços ou de cones pétalas, pregas palito alinhadas em diferentes comprimentos, sobreposições de babados e pregueados, patchwork de drapejados e pregueados não-convencionais resultam em configurações únicas.
Tecidos Gazar de Seda; Organza de Seda; Yoriu de Seda; Cetim Chiffon de Seda; Etoile; Renda; Cetim; Shantung, Jeans e Linho Crushed.
Cores Algodón, Sandia; Kiwi e Berenjena.

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